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REMEMBER THE 15s

Foto do escritor: ArthurArthur


A temporada 2017-18 pro LeBron foi tudo que uma temporada de despedida do Cavs merecia.


Recordes, marcas alcançadas, jogos históricos, passes absurdos, enterradas monstruosas, triple-doubles e double-double como se não fossem nada.


Mas, algo que me chamou também muita atenção foi o #LeBron15. Depois de algumas edições, o signature shoe do King esteve muito bonito. E também com mensagens sensacionais escritas nos tênis.



"IM KING" e "EQUALITY" foram duas colorways que além de lindas, tinham esse significado grande fora das quadras. E a mais legal de todas, eram as hashtags e nomes que o King colocava em seus tênis usando canetas.


Ele escrevia os nomes das pessoas de sua família. Savannah, Bryce, Zhuri, Bronny e Gloria. Além de #StriveForGreatness e #RWTW.


Porém, ao meu ver, a mais legal era quando o King escrevia 'MAN IN THE ARENA'.


A temporada do King nas quadras, a influência que ele teve socialmente, os tênis e essa frase MAN IN THE ARENA tem tudo a ver. E eu vou falar agora, pra vocês, tudo isso.


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O Instagram do blog chegou aos 4400 seguidores no início do último mês, porém, estamos ainda muito atrás em comparação das outras redes sociais. Então, galera, vão lá no Instagram.com/le_br_on e segue a gente lá. Vai ajudar muito. Nosso objetivo é 5k até o final dessa temporada. Conto com a ajuda de vocês!


A temporada começou diferente, bem diferente de qualquer outra temporada da carreira do LeBron. Primeiro, seu segundo melhor jogador tinha pedido uma troca. Por volta dessa mesma época. Inclusive, um momento de silêncio para essa trade que já me deixou na bad muitas vezes.


*Momento de silêncio*



Kyrie foi pro Celtics e veio Isaiah Thomas, Jae Crowder, Zizic e uma pick. Pela temporada do IT4, a troca parecia ser "boa" para o Cavs que conseguiu trazer algumas boas peças pra TENTAR repôr o buraco que Kyrie tinha deixado.


Ficamos animados? Sim. Mas era uma animação que, na verdade, era um "MEU DEUS, ME ACORDA DESSE PESADELO E TRAZ O MEU MENINO DE VOLTA"...


Sabe quando você se reúne com seus amigos, batendo papo, e sua ex passa com o novo namorado e você fica com aquela cara de "nah, tô de boa", mas na real você fica com um piano tocando uma música bem triste na cabeça.


Mas enfim, a temporada começou. Isaiah ainda estava se recuperando, Cavs tentou colocar Crowder na rotação. IT4 nos deixava ansiosos pro que ele podia render...


Porém, no mesmo tempo que isso acontecia, analistas americanos falavam de como Cavs não era eficiente pra defender o Warriors com o Isaiah no backcourt.


Nós, pra disfarçar, tentávamos não ligar e fingir que tava tudo certo, mas aquela pulga atrás da orelha ficou.


E então veio a boa sequência de vitórias do time, Cavs parecia ter encontrado a fórmula. Mas aí, depois de ótimos 18 jogos, o Cavs CAIU muito. LeBron não parecia correr que nem antes, os jogadores não acertaram NADA fora de casa.


O clima não parecia muito bom. E as notícias foram chegando:


Love é enquadrado por Wade e outros jogadores do POR QUE ele não tinha jogado em uma das derrotas ridículas que o time teve.


Sim, eu esqueci de mencionar, Wade teve buyout e veio pro Cavs. Eu fiquei bem feliz. Mas enfim, moving forward...


JR Smith jogou um bowl de Sopa no assistente técnico do Cavs, Damon Jones. Nessa época, foi engraçado. Mas meses depois, quando o JR fez a coisa mais (???) que um jogador poderia fazer, vários torcedores tiveram vontade de jogar sopa nele (JR).


Daqui uns 20 parágrafos você vai entender o que tô dizendo.


Até que a crise se instalou de vez. Jogadores fizeram reuniões, LeBron parecia estar desconfortável com a situação e pedia mudanças.


Isaiah, apesar da altura, era o pivô dessa crise. Quando em quadra, chutava tudo, defendia mal, e ainda reclamava dos companheiros.


Aquele tipico coroa de 52 anos, que joga sem camisa nas peladas de fim de semana, e ele tem nome de velho tipo ARNALDO.


Então, sem menos esperar, Cavs encarava uma grande crise, cujo pivô era o senhor ArnaldoQUER DIZER, era o Isaiah Thomas, adquirido na troca pelo Kyrie.


Minha nossa senhora, eu tenho pena de uns perfis que falam do Cavs tipo o daquele rapaz @Cavsbrasil, ou então daquele outro rapaz que é muito bom, bonito, educado, lindBRINCADEIRINHA, o @Le_BR_on.


Eles devem ter sofrido durante essa época da temporada.


Vocês não imaginam como. Vimos 30 trocas diferentes, 30 cenários de como melhorar o time. Até que o jogo contra o Minnesota Timberwolves veio.


A expressão FLIP THE SWITCH nunca fez tanto sentido pra mim como naquele jogo.



Naquela partida eu vi um LeBron diferente. Um LeBron engajado muito mais do que o normal dos últimos 30 dias.


LBJ parecia estar com "a chavinha virada", o mindset totalmente mudado e pronto pra agir.


Apesar disso, o time ainda não se encontrava, sofria com Isaiah, mas aí a estrela do King brilhou.


A partida foi pra prorrogação(?) e LeBron decidiu. Teve toco no Jimmy Butler na defesa, JR Smith pegou a bola e pediu tempo. Naquela época ele prestava atenção no placar...


*lágrimas*


E depois de pedir tempo, JR deixou 1 segundo no relógio pro King decidir. Pouco tempo? Talvez, numa vida comum, 1 segundo passa bem rápido, por exemplo:


O tempo que você demorou pra pular a linha de leitura, um segundo se passou.


Mas no basquete, meu caro leitor esse tempo é uma eternidade. LeBron fez a parede e protegeu a bola que estava vindo de um lateral.


Em um ótimo jogo de pés, o King usou os ensinamentos que Olajuwon passou pra ele e criou a separação com o jogo de pés. Jimmy Butler se esticou todo, contestou o arremesso como pôde, e nesse 1 segundo entre o arremesso do King e o final do tempo no cronômetro, Butler deve 2 segundos pra rezar, e pelo menos dizer, "PLEASE NO".


Quando os 2 segundos terminaram, ele nem precisava olhar pra trás.


A Quicken Loans Arena foi à loucura. Um barulho ensurdecedor contrastando com o silêncio do Timberwolves e sentimento de "sério que perdemos o jogo pra esse time que tava na crise?"


Só que, naquele momento, naquele dia, uma conversa tinha mudado a realidade do time. AQUELE time em crise que tava nas mentes dos jogadores do TWolves não existia mais. O Cavs pré-TradeDeadline tinha sido mudado.


O game winner do Rei foi a forma dele de dizer TCHAU ISAIAH THOMAS, TCHAU CAVS NUMA FASE RUIM.


LeBron provavelmente deve ter escrevido no quadro que tem dentro do vestiário do Cavs:


The switch has been flipped.



Nesse meio tempo de dezembro até início de fevereiro, o LeBron 15 teve colorways animais, e rapidamente teve uma grande repercussão.


Li varias vezes nas redes sociais que "finamente a Nike tinha acertado a mão no tênis do King depois de alguns anos fazendo tênis #comuns".


Não concordo 100%, mas de fato, algumas colorways do LeBron 14 e 13 foram estranhas.


No LeBron 15, o Rei usa a expressão MAN IN THE ARENA, que é tirada do texto de Roosevelt.


**

Quando vi essa expressão pela primeira vez, ela me chamou atenção. Prometi pra mim mesmo procurar saber o que era. Não procurei.


Tempos depois, em um momento mais difícil pra mim, vi o tênis que o King ia usar em um jogo e resolvi procurar saber o que significava a expressão MAN IN THE ARENA.


E quando eu vi, percebi o quão sensacional era aquilo que estava escrito no tênis do King, e no quanto aquilo servia para mim. Para minha vida.


"O que importa não é o homem que critica ou aquele que aponta como o bravo tropeçou, ou quando o empreendedor poderia ter atingido maior êxito.


Importante, em verdade, é o homem que está na arena, com a face coberta de poeira, suor e sangue; que luta com bravura, erra e, seguidamente, tenta atingir o alvo. É aquele que conhece os grandes entusiasmos, as grandes devoções e se consome numa causa justa. É aquele que, no sucesso, melhor conhece o triunfo final dos grandes feitos e que, se fracassa, pelo menos falha ousadamente, de modo que o seu lugar jamais será entre as almas tímidas, que não conhecem nem a vitória, nem a derrota."


- Theodore Roosevelt

**


Nos primeiros jogos era possível perceber que, apesar das poucas jogadas e falta de entrosamento, o time JOGAVA COM VONTADE. LeBron parecia mais animado, dava pra perceber que o clima no vestiário era outro.


Ty Lue buscava no playbook de outras equipes jogadas pra usar com o Cavs pra fazer aqueles jogadores se sentirem mais à vontade.


Uma grande mudança tinha sido feita, assim como LeBron mudou sua forma de pensar fora das quadras.


**

Depois de algumas críticas ao presidente de seu país, uma jornalista criticou LeBron. Mandou ele "calar a boca e ir jogar basquete".


O King falou muito de problemas sociais na sua 15a temporada.


O Rei declarou que não se importava mais com que as pessoas pensavam, que ele ia falar sim, mesmo se tivesse perdendo fãs.


LeBron disse que NÃO ia calar a boca e ir jogar basquete porque ele era *mais do que só um atleta*.


Na primeira rodada, enfrentamos o Pacers de Oladipo, Lance Stephenson, Sabonis e cia.


Foi uma série extremamente disputada. Com muita exigência física.


LeBron fez aquela game-winner linda que a gente vai poder relembrar agora:


Na segunda rodada, enfrentamos o Raptors. LeBron foi ABSURDO de novo. Pelo 3284923ª vez seguida, o King colocou o Raptors pra ir a casa. Toronto virou LeBronto depois da game-winner que ele fez e colocou a série em 3-0.



LBJ teve média de 34.4 pts por jogo na série. Dominou todos os aspectos do jogo. Rebotes? Pegou tudo. Assistências? Parecia que tava jogando com adolescentes pela facilidade. Mais uma vez, o Rei comprovou que o Raptors não conseguiria pará-lo.


E então, na ECF, veio o Celtics. Uma série difícil, de um time organizado, com um excelente coach. Eu não gosto muito de lembrar dessa série porque quase tornei-me cardíaco. Só gosto de lembrar do Jogo 6 e Jogo 7.


LeBron dominando aquela final de Jogo 6 foi algo lindo. Duas bolas na cara do Jayson Tatum. A Quicken Loans Arena indo à loucura. Uau. Só de lembrar eu me arrepio.


Se liga no vídeo:


Série empatada em 3-3? Vamos para o Jogo 7. Onde? Em Boston.


Jogo 7, em Boston... Partida dificílima. Daquelas pra acordar no dia do jogo já nervoso.


E foi o que aconteceu. Me lembro de nesse dia acordar já ansioso, nem dormi direito. Passei o dia pensando se Cavs conseguiria vencer caso o Jeff Green jogasse bem. Mas aí eu pensava, "depender do Jeff Green é difícil..."


A temporada continua, os altos e baixos acontecem, verdade, a defesa preocupa um pouco, mas algo não deixa de ser fato.


Cavs estava chegando nos playoffs muito melhor do que poderia ser. E era claro que se aquele time tivesse mais alguns meses pra construir uma química melhor, as coisas ficariam de outra forma.



A temporada acaba, mais uma vez os holofotes estão no LeBron. Será que ele vai conseguir levar esse time TOTALMENTE mudado pras Finais? Ele merece o MVP?


LeBron continua sua preparação tradicional pros playoffs com o ZERO DARK THIRTY - 23.


Não vou mentir pra vocês, essa pessoa que vos escreve, que está há mais de um mês escrevendo esse texto - utilizando as pausas de 1 hora no trabalho (aquelas pausas pra janta) - pensou que o Cavs não chegaria nas Finais novamente.


Em alguns instantes eu via que podia aparecer um time como o Celtics e tirar a gente.


Apesar de muitos torcedores não acreditarem, eu acreditei que chegaríamos na ECF.


A conversa que mencionei acima aconteceu entre Koby Altman, GM do Cavs, e LeBron.


Altman informou LeBron que o Cavs tinha 6 possibilidades diferentes de troca engatilhadas. Provavelmente, já deixando claro que Isaiah Thomas iria embora. Segundo a história, LBJ concordou e aprovou que Cavs fizesse mudanças. E foi o que aconteceu.



Sejam bem vindos, Larry Nance Jr, Jordan Clarkson, George Hill e Rodney Hood.


Tchau, Isaiah Thomas, Iman Shumpert, Jae Crowder e Dwyane Wade (que entrou em acordo com diretoria do Cavs pra que ele voltasse pro Heat - Altman concordou já que tinha algumas tretas por causa do Wade fazendo algumas reclamações/grupinhos e etc). Frye infelizmente também foi embora.


Depois da trade deadline, Cavs tinha mudado praticamente metade do time. Uma nova temporada começava. Porém, Cavs tinha 2 meses, e o resto dos times contenders tinham continuado os mesmos (talvez mudado uma peça, no máximo). Cavs tinha desvantagem de 3 meses.


Mas vocês lembram o que houve, não é? Jogo feio, acirrado, os times não pareciam muito inspirados. Exatamente o jogo que o Cavs queria.


E adivinhem o que aconteceu?! Cavs se manteve no jogo, e no final do 4°Q, LeBron roubou a bola, puxou contra-ataque e meteu uma linda and-one em cima do Morris.


Naquele momento, naquela and-one, Warriors e Cavs caminhavam pra fazer mais uma final.


Comemorei muito o título da Conferência Leste. Fiquei muito feliz. A temporada foi difícil, duvidaram muito, inclusive do LeBron. Mas ele levou aquele time pras Finais.


O Jogo 1 das Finais tinha tudo pra ser histórico.


LeBron jogando MUITO, Warriors sendo Warriors abriu vantagem, o King deixou o Cavs no jogo.


Tínhamos tudo pra ganhar, mas...


Ai ai...


Lembra o que eu falei lá em cima no texto?! Pois é, chegou a hora...


JR Smith aconteceu.


Eu prefiro não comentar muito, só dá uma olhada no vídeo.


Claro, antes disso teve aquela palhaçada com a falta de ataque do Durant, até hoje não me conformo. Mas o mais bizarro, de fato, foi o lance do JR. Hill cobra o lance livre, JR Smith pega o rebote e corre pra quadra de defesa porque achava que o Cavs tava ganhando.


Problema é: jogo tava empatado em 107, e LeBron tava SOZINHO pra arremessar a bola de 3. Poderíamos ter ganho aquele jogo. A série seria diferente.


Mas não aconteceu.


E prefiro nem falar do resto das Finais porque quero terminar esse texto em um tom positivo e feliz.


A temporada 2017-18 do LeBron foi absurda. Essa pessoa que vos escreve acompanha o King há muito tempo, mas essa foi a que mais chamou minha atenção, no overall, levando tudo em consideração, dentro e fora de quadra, foi essa.


Desde o momento que ele anunciou a construção da I PROMISE SCHOOL eu sabia que seria um projeto absurdamente sensacional. Só de ter a LeBron James Family Foundation o King já merece aplausos, mas o que ele fez construindo uma ESCOLA para ajudar crianças que nem ele, é gigantesco.



Crianças com dificuldade assim como LeBron teve, pais que não conseguiram crescer na carreira por consequência da pouca condição, dos filhos, da família pra criar... Tudo isso LeBron visualizou no projeto de sua escola.


No lado de negócios, as parcerias criadas pro entretenimento estão ficando cada vez melhores. Space Jam 2, The Shop, reality show sobre a vida do Ben Simmons... O King se tornou oficialmente um Business Man. Não que ele não fosse antes, mas é aquela coisa de NEXT LEVEL. Ele foi para um nível acima.


Também em seus tênis, que ficaram lindos. O LeBron 15 vai sempre ficar na minha cabeça quando falarem dos melhores tênis do King. Não só pela beleza, mas também pelo que eles representaram.



Desde o IM KING, até o EQUALITY, até o MAN IN THE ARENA.


LeBron usou seu poder nas mídias sociais para falar sobre racismo, preconceito, controle de armas, bullying e outras coisas mais. Ah, e ele fez isso durante os playoffs, época em que ele se desliga das redes sociais.


Ele liberou vídeos e mais vídeos de crianças da sua fundação falando sobre esses tópicos. Genial.


O que ele fez em quadra também precisa ser falado, mas acho que durante a temporada a gente já fala muito disso. Esse texto tem o intuito de mostrar pra você, que está aqui lendo meu texto, que LeBron James é um atleta que aparece uma vez a cada 50 anos. Não pela sua habilidade no basquete, mas pelo que ele representa.


Pare. Reflita. Sério, reflete quantos jogadores estão fazendo isso tudo, ou pelo menos metade disso. São poucos, né?! Pois é.


Aproveitem LeBron James. Aproveitem o HOMEM NA ARENA. Aproveitem o KING.


Porque, sem dúvida alguma, essa temporada que passou foi inesquecível. E eu tenho o maior orgulho de dizer que eu vi isso tudo, do meu atleta preferido, da minha referência não só dentro de quadra mas fora dela também, no meu time do coração.


Eu vi isso tudo do meu atleta preferido usando a camisa do meu time do coração.


A 15ª temporada da carreira do LeBron eu nunca esquecerei.


I will always remember de 15s.



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